Esta edição contou com a novidade da entrada do tema de Bem-estar Animal e a retirada do tema de Setor Imobiliário. Estas alterações decorrem da necessidade de o GBR priorizar os temas de acordo com a conjuntura em que a pesquisa é realizada.
O tema transversal de "Bem-estar animal", como o nome sugere, avalia se as políticas de investimento e financiamento das instituições financeiras possuem diretrizes que levam em conta o tratamento adequado dos animais de produção e que asseguram proteção aos animais silvestres. O tema foi incluído na avaliação de políticas do GBR em 2022 e lança luz aos compromissos assumidos pelos bancos ao investir e financiar empresas nos setores da pecuária, pesca, peles e couro, produtos farmacêuticos, cosméticos, criação de animais de estimação, recreação, esportes e entretenimento. No Apêndice, todos os elementos de avaliação estão listados na íntegra.
Nesta edição, o tema foi o pior avaliado, com média 0, considerando um índice de 0 a 10. Todos os bancos zeraram a nota de bem-estar animal.
A Caixa Econômica Federal menciona o respeito ao bem-estar animal entre as exigências mínimas para o setor da pecuária, como na criação de animais, nos sistemas de alojamento, transporte, abate e saúde animal. No entanto, a política não é obrigatória e se aplica apenas ao setor da pecuária, não sendo possível a pontuação.
Já o Banco do Brasil, muito embora mencione que apoia as boas práticas em relação ao bem-estar dos animais e explique o que são, não assume nenhum compromisso explícito com o tema, razão pela qual não foi possível atribuir qualquer nota.
O BNDES, embora mencione o bem-estar animal como critério para a avaliação do que pode ser financiado, não recebeu pontuação neste tema pois não apresentou detalhes de como o critério é utilizado. Neste sentido, por exemplo, seria importante mencionar que busca contemplar o bem-estar animal por meio da certificação de que os empreendimentos apoiados garantem que os animais são criados de acordo com as Cinco Liberdades Animais: 1) livres de fome e sede; 2) livres de desconforto; 3) livres de dor, ferimentos e doenças; 4) livres de medo e angústia e 5) livres para expressar seu comportamento natural.
Por fim, o Safra menciona em sua política de gerenciamento de risco a restrição de relacionamento com empresas que praticam crueldade ou maus tratos de animais. Contudo, não recebeu pontuação neste tema pois não atendeu à necessidade de adequar suas restrições de acordo com os padrões de referência utilizados na metodologia da Farms Initiative para criação de animais de fazenda.
Sua mensagem foi enviada com sucesso